quarta-feira, 14 de março de 2012

Luta-Livre, passado e presente



Quando se fala de Luta-Livre, a imagem que se tem é a de homens musculosos, fantasiados de maneira espalhafatosa, fazendo acrobacias num ringue onde não existem regras. Porém, esta arte marcial já era presente em um tempo onde os “enlatados” americanos de Telecatch sequer existiam no Brasil.

A origem da modalidade é incerta, existem menções as posições e golpes que remetem desde a época dos Sumérios, em 4000 AC. No Brasil, foi criada no Rio de Janeiro na década de 40, derivando do judô e do wrestling, por Euclydes Hatem, mais conhecido como Tatu.  Tatu também foi responsável pela difusão da arte-marcial, enfrentando campeões de diferentes modalidades em diversas partes do mundo, elevando o nome da modalidade e desenvolvendo a técnica que é utilizada na Luta-Livre moderna.

A Luta-Livre viveu durante muito tempo sob a sombra das Lutas Olímpicas, tendo alcançado maior visibilidade com o ressurgimento dos eventos de Vale-Tudo, hoje conhecidos como MMA (Artes Marciais Mistas). Até a década de 60 os lutadores se resumiam, em sua maioria, entre halterofilistas e remadores, e a técnica de luta era pouco explorada. Com a inserção da modalidade em academias e o uso de suas técnicas em campeonatos de Vale-Tudo, o corpo de atletas se expandiu, chegando a exportar grandes campeões que difundiram a técnica aprimorada no Brasil para outros países.

Dentre os grandes nomes da modalidade, podemos destacar:

Roberto Leitão - Principal responsável pela exportação da modalidade e grande nome da arte-marcial no Brasil;

Eugênio Tadeu - Protagonista dos episódios de rivalidade entre os lutadores de Luta-Livre e os praticantes genio Tadeude Jiu-Jitsu da família Gracie nas décadas de 80 e 90 que resultaram na democratização das artes-marciais no Brasil.

Marco Ruas – Lutador de maior renome mundial, sendo conhecido principalmente pelo seu título de campeão no UFC 7 (Ultimate Fighting Championship), reconhecido hoje como o maior evento de lutas do mundo.

Cenário Local

No Distrito Federal a Luta-Livre vem se disseminando nos últimos 10 anos. O surgimento de academias, bem como sua procura cresce juntamente com a popularidade do MMA. O cenário brasiliense ainda é tímido, porém já participa dos grandes eventos brasileiros e mundiais da categoria.
Brasília conta hoje com apenas uma academia reconhecida no cenário nacional, a RFT (Renovação Fight Team). O advogado Thiago Brito, 23, membro da academia e praticante de Luta-Livre há quatro anos, conta um pouco da história da modalidade,  descreve o cenário encontrado no DF, bem como algumas de suas particularidades.



A confederação responsável pela Luta-Livre no Brasil hoje é a Confederação Brasileira de Vale-Tudo (CBVT), criada em m 03 de Maio de 1997, com a finalidade de regulamentar, supervisionar, homologar e também realizar eventos. 

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